Praia Clube usa a ciência na pré-temporada pra ter melhores resultados





A aplicabilidade da ciência invadiu o G3, ginásio onde o vôlei do Praia Clube realiza a preparação para a Superliga Feminina de Vôlei. Uma parceria entre o clube e a Universidade Federal de Uberlândia (UFU) promete aprimorar o rendimento das atletas com testes e avaliações propostas por professores da universidade e a comissão técnica do Praia. O trabalho voltado para o desenvolvimento físico e biomecânico das jogadoras, segundo o técnico Spencer Lee, vai influenciar diretamente na performance de cada uma das meninas.

Há duas semanas, o professor de biomecânica e cinesiologia da UFU, Sílvio Soares, que faz parte do Centro Nacional de Excelência Esportiva (Cenesp) da universidade, ficou à beira da quadra observando o movimento das atletas. Depois desta observação in loco e por meio de vídeos, o professor realizou uma bateria de testes com as meninas.

Técnico Spencer Lee do Praia Clube de Uberlândia (Foto: Felipe Santos/GLOBOESPORTE.COM)

– Fizemos avaliações antropométricas, de capacidades físicas e coordenativas, além de avaliação técnica.  A partir destes dados, vamos programar uma estrutura de treinamento que possibilite aperfeiçoar as ações dentro do jogo – ressaltou.

O Cenesp da UFU é um dos 13 existentes no país e foi desenvolvido para fazer testes em equipes de alto rendimento. As avaliações são realizadas em vários âmbitos no esporte e em diversas modalidades, como a natação, a qual o Praia também realiza o trabalho a mais tempo. Segundo Sílvio Soares, uma pesquisa que dá resultado.

– A partir dos resultados a gente vai verificar o que e onde precisam ser melhorados. Vamos atuar diretamente nestes pontos no sentido de otimizar a técnica. Fizemos análises durante o jogo de forma individual e coletiva. Além disso, filmamos, observamos, analisamos e repassamos às meninas o que deve ser feito – explicou.

Entre os testes estão os técnicos e antropométricos. Nesta terça-feira, foram realizados os primeiros trabalhos de coordenação motora com as jogadoras do Praia. As análises biomecânicas, na visão de Spencer Lee, ajudam a perceber que os gestos podem ser mais eficientes e contribuir para o desempenho.

– A utilização da alavanca do braço, por exemplo, ajuda em até 20% a melhora desta impulsão, pois o vôlei não tem muitos movimentos naturais. Todos eles são construídos. O trabalho vai servir para tentar reeducar alguns movimentos para podermos otimizá-lo. Esperamos que este trabalho seja um diferencial para o desenvolvimento delas – concluiu Spencer.



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