Autoconfiança e desempenho esportivo




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Alguns estudos destacam que geralmente quando a técnica, a tática e a preparação física são visivelmente iguais entre os competidores, o que irá prevalecer e diferenciá-los durante a competição é justamente o nível de autoconfiança apresentado.

Os níveis de performance esportiva dos atletas também são relacionados a autoconfiança nos estudos. Williams e Reilly (2000), avaliando talentos no futebol, concluíram que os jogadores considerados mais talentosos possuíam uma maior autoconfiança e uma menor propensão a distúrbios da ansiedade.

No que diz respeito a técnicos e treinadores, o estudo de Simões et al. (2006) verificou que através do desenvolvimento da autoconfiança dos atletas avaliados, os comportamentos e indicativos de amizade, confiança mútua e respeito se fortaleceram na relação técnico-atleta. Através do emprego das técnicas de desenvolvimento da autoconfiança, o técnico tem a oportunidade de conhecer melhor seu atleta possibilitando assim uma relação de respeito, confiança e amizade entre ambos. Sendo assim, presume-se que as técnicas de desenvolvimento da autoconfiança devam ser empregadas nos treinamentos desportivos já que, de acordo com Tubino e Moreira (2003), os treinadores são os responsáveis diretos pelo ajustamento individual dos atletas e pelo ajustamento do grupo.

 A literatura é divergente quando se trata da relação entre modalidades esportivas e níveis de autoconfiança. No entanto, Becker Jr. (2000) explica que nos esportes individuais, os atletas não compartilham a responsabilidade, expondo-se sozinhos a uma avaliação direta dos expectadores. Isso faz com que os atletas de modalidades individuais, apresentem maiores níveis de ansiedade e menores de autoconfiança se comparados aos atletas e modalidades coletivas. Observa-se ainda que a presença dos companheiros de equipe diminui a responsabilidade individual diante dos resultados das competições, o que explicaria o aumento do nível de ansiedade dos atletas em esportes individuais (GONÇALVES e BELO, 2007).

    As diferenças entre homens e mulheres sempre foram e ainda são objeto de estudo das mais diversas áreas do conhecimento e no esporte não é diferente. O estudo de Lavoura, Botura e Machado (2006), verificou que as atletas do sexo feminino apresentaram, em situações pré-competitivas, menores níveis de autoconfiança e maiores níveis de ansiedade se comparadas aos atletas do sexo masculino. Além de que os homens atingiram um desempenho mais satisfatório do que as mulheres no conjunto de atividades propostas pela competição esportiva. Para tanto, Martens (1987) levanta a hipótese de que as mulheres não têm tanta experiência quanto os homens no esporte, sendo assim apresentam maior nível de ansiedade e menor de autoconfiança. No estudo de Cox et al., (1996), com atletas chineses e americanos das modalidades atletismo, basquete, vôlei e natação, foram observados um maior nível de confiança e uma maior motivação entre os atletas homens quando comparados às mulheres.

    Dada a importância da autoconfiança para o desempenho esportivo dos atletas, torna-se essencial que esta seja desenvolvida possibilitando que o atleta atinja o desempenho esportivo esperado na competição.

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