Treinamento de força no Judô






Nas competições atuais, o alto nível do judô é resultado do desenvolvimento das habilidades técnicas, táticas e psicológicas apoiadas pelas capacidades motoras condicionadas – resistência cardiovascular-respiratória, força muscular e flexibilidade, principalmente.1 O rendimento inadequado dessas capacidades pode interferir na organização dos movimentos que dependem de habilidade e capacidade de coordenação.

Respeitando o que é determinado pela maioria das atividades atléticas, para executar um movimento esportivo efetivo deve haver precisão e velocidade, sugerindo uma ação dependente da intensidade, do tempo e duração de aplicação da força muscular, a ponto de ser considerada uma capacidade motora determinante para a excelência do desempenho esportivo.

Pulkinen,  considera a força como o principal componente do sucesso na execução técnica de um dado movimento, entre as demandas físicas requeridas durante o combate do judô.

A força demonstra a sua importância, durante o combate, nos momentos iniciais de desequilíbrio que antecedem a execução da técnica (kuzushi), onde a passagem da contração estática para a dinâmica, em máxima velocidade, é fator tático contra o adversário; ou ainda quando, previamente ao kusushi, é realizado um deslocamento (shintai). O aproveitamento do momento de menor resistência do corpo para executar uma puxada com a máxima força e velocidade,4 caracteriza o princípio da máxima eficiência na utilização energética, prerrogativa conceitual dos princípios do Judô defendido por Jigoro Kano.

O aumento singular da força concêntrica ou excêntrica, sugerido por Cronin et al., 7 pode ter uma correlação com o desempenho sob determinadas circunstâncias, levando-nos a supor que um treinamento de força compatível com as necessidades competitivas dos judocas resultaria em um melhor rendimento.

Entretanto, quais programas de treinamento de força contra-resistência potencializariam ações técnicas no judô?

O conhecimento científico existente sobre meios e métodos de treinamentos contra-resistência são muito abrangentes e generalistas, o que torna difícil verificar quais influenciariam de forma positiva as execuções técnicas dos judocas de maneira potencial. Dessa forma, esse manuscrito tem como objetivo fornecer informações sobre as questões que abrangem essa temática.

Tomando como ponto de partida os tipos de ações que o músculo realiza, os modelos de treinamento existentes apresentam propostas de ganhos de força através de exercícios contra-resistência de características isométricas, isotônicas e isocinéticas (concêntrico-concêntrico ou concêntrico excêntrico).

A isométrica, ou estática, é considerada como aquela em que nem o comprimento muscular, nem o ângulo articular, sobre o qual o músculo está agindo, sofre alteração, não aumentando ou diminuindo.  A isotônica, ou dinâmica, é toda ação muscular que envolve movimento e consiste da mudança do comprimento da fibra muscular. Esta se divide em concêntrica e excêntrica. Na primeira, o músculo encurta-se, e a força produzida por ele tem a mesma direção que o deslocamento do segmento.

Distintamente dos objetivos proporcionados pelos exercícios isométricos e isotônicos, os isocinéticos baseiam-se na manutenção das contrações musculares, que ocasionam a movimentação dos membros independente da força aplicada, a um padrão constante de velocidade angular e encurtamento de fibras musculares.

Porém para que isso ocorra de forma coerente são necessários aparelhos especiais.  O tipo de resistência encontrada para a conseqüente ação de contração muscular é a maior diferença entre eles.

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